Amores possíveis?
Reflexões teórico-críticas
DOI:
https://doi.org/10.59099/prpub.2023.30Palavras-chave:
Amor, Teoria Crítica, Relações SociaisResumo
Este ensaio traz uma discussão sobre as relações amorosas sob a perspectiva da Teoria Crítica da Sociedade. Partindo da crítica freudiana à promessa de felicidade embutida em uma certa ideia de amor, e da associação romântica entre o sentimento amoroso e as paixões políticas, discuto as implicações mútuas do tema em âmbito público e privado. Busco refletir sobre a potência do amor para impulsionar transformações sociais, ao mesmo tempo em que considero as assimetrias que estruturam as relações privadas em sentido político. Para T.W. Adorno, o amor não é um sentimento espontâneo, mas mediado cultural e socialmente, e atravessado por contradições. No contexto de uma vida lesada, contraposta aos ideais de uma vida boa, discuto o amor como exercício de resistência, bem como as lacunas presentes em análises que desconsideram as assimetrias de poder que persistem como empecilho à condição de não violência das relações sociais.
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