PLURAL - Revista de Psicologia UNESP Bauru
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<p><strong>Histórico e Compromisso</strong></p> <p>PLURAL nasceu da iniciativa de certo número de professores do Departamento de Psicologia da Unesp-Bauru comprometidos com pesquisas em vários campos da ciência psicológica e em interfaces com outras áreas do conhecimento. O espaço de diálogo constante e de diversidade de ideias entre docentes, linhas de pensamento teórico e metodologias distintas, foi construído em reuniões com seus membros para pensar e materializar a revista. Estávamos no final de 2018 e em 2019, grande parte da concepção estava pronta, porém a pandemia COVID-19 atrasou a finalização e o lançamento aconteceu em 2022: é preciso tempo para refletir o momento histórico de reconstrução de laços e de novas formas de pactos e dinâmicas na sociedade. Em janeiro de 2023, a revista passou a ter o vínculo também com o Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista-UNESP/Bauru.</p> <p>A clareza e necessidade da publicação de artigos e outros manuscritos originais ou de divulgação de conhecimentos com reflexões sociais, filosóficas e artísticas com vínculos com a ciência da Psicologia e com respeito à dignidade humana é o compromisso dos professores do departamento de psicologia com a PLURAL. A revista não possui taxas para publicação; mantém a defesa de um Ensino Universitário Público, laico e de qualidade e conta com recursos do Departamento de Psicologia. Desde 2023, a revista adotou o sistema de publicação em fluxo contínuo.</p> <p>A Universidade pública necessária, com pensamento crítico e compromisso com uma produção científica voltada para o desenvolvimento das questões nacionais e de interesses coletivos mundiais são as raízes da PLURAL – porque o solo brasileiro é rico em diversidade. Convidamos a todos os pesquisadores interessados em publicar seus trabalhos.</p> <p><strong>PLURAL – Revista de Psicologia UNESP Bauru</strong> é um periódico científico vinculado ao Departamento de Psicologia e ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem da Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista-UNESP, câmpus de Bauru. Sua linha editorial consiste em publicar textos originais de Psicologia em suas diversas áreas, considerando suas interfaces, reconhecendo a diversidade dos fenômenos psicológicos, de suas abordagens e dos campos da realidade em que incidem.</p> <p>A revista está comprometida com o fomento à interdisciplinaridade, à reflexão crítica sobre as teorias e práticas nesses campos, bem como com a produção de um corpo sistematizado de conhecimento em sintonia com as demandas sociais e com a promoção de saberes.</p> <p><strong>ISSN: 2965-1662</strong></p>Departamento de Psicologia - Faculdade de Ciências/Unesp, câmpus de Baurupt-BRPLURAL - Revista de Psicologia UNESP Bauru2965-1662<p>Os autores concordam com os seguintes termos da <strong>PLURAL – Revista de Psicologia UNESP Bauru</strong>:</p> <p>Os artigos enviados devem ser originais e serão publicados pela primeira vez pela Revista Plural, mas os autores manterão os direitos autorais. O trabalho será simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution CC-By 4.0 Internacional para permitir o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e primeira publicação por essa revista.</p> <p>Existe autorização para os autores assumirem contratos adicionais separadamente, exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, contanto que esteja discriminado e registrado tanto o reconhecimento de autoria como o de publicação inicial nessa revista.</p> <p>Existe a permissão e o estímulo para os autores publicarem e distribuírem seu trabalho online em repositórios institucionais (pré-prints) ou na sua página pessoal.</p>Clínica psicanalítica como resistência na cultura do “cuidado gerenciado” em saúde mental
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/105
<p>Entrevista com Anna Fitzgerald, psicoterapeuta psicanalítica, e sua experiência de atendimento clínico psicanalítico a pacientes infantis na clínica pública do Serviço de Saúde Pública em Londres, nas últimas décadas.</p>Anna FitzgeraldBeatriz Zanichelli SonegoChristiane Carrijo
Copyright (c) 2024 Anna Fitzgerald, Beatriz Zanichelli Sonego, Christiane Carrijo
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2024-11-192024-11-194e024p25e024p2510.59099/prpub.2024.105A Clínica Aberta de Psicanálise e o Analista Grupo
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/108
<p>Entrevista com Tales Ab'´´´´´Sáber</p>Jaquelina Maria ImbriziRicardo Almeida CavalcanteSilvio Ricardo Gomes Carneiro
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2024-11-192024-11-194e024p26e024p2610.59099/prpub.2024.108Casuística, escuta e rememoração
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/84
<p>O artigo examina três práticas psicanalíticas – a casuística, a escuta e a rememoração – que podem ter efeitos anticoloniais e desafiar o universalismo europeu. Enquanto a casuística permite considerar uma particularidade cultural irredutível às pretensões universalistas do Ocidente, a escuta atribui um lugar de sujeito para aqueles que eram vistos tradicionalmente como objetos do saber europeu e a rememoração pode abrir um espaço para o presente do passado pré-colonial, subvertendo assim a temporalidade colonial com o seu presentismo a-histórico. A conclusão traça uma distinção entre a prática psicanalítica com seu potencial anticolonial e a metapsicologia freudiana que corresponde irremediavelmente a concepções europeias da subjetividade, propondo-se a estudar outras concepções, como as indígenas da América.</p>David Pavon-CuéllarElisa Mara do NascimentoDaniel Mondoni
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2024-11-192024-11-194e024p03e024p0310.59099/prpub.2024.84O pagamento nas clínicas públicas de psicanálise
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/81
<p>Problematizamos a questão da gratuidade referente à dimensão do pagamento nas clínicas públicas de Psicanálise. Para isso, analisamos dois momentos históricos distintos: o da primeira experiência histórica das <em>Free Clinics</em> promovidas por Freud entre 1918-1938 e o <em>boom</em> das clínicas psicanalíticas públicas brasileiras, a partir de 2016. Para isso, descrevemos e identificamos em duas obras, o livro de Elizabeth Danto e a coleção editorial brasileira dos zines das clínicas de borda, seus elementos analisadores. Na perspectiva do analista, discutimos sua presença como trabalhador e explicitamos os circuitos de pagamentos alternativos criados nas duas situações de formação e práxis. Na perspectiva do psicanalisante, introduzimos a dimensão do mais de gozo no sintoma, problematizando como a questão da classe atravessa de modo distinto a perspectiva do pagamento no que toca à dimensão pulsional. Concluímos pela necessidade do avanço teórico quanto à analítica da questão do pagamento na teoria da clínica psicanalítica.</p>Linnikar LimaAndréa Guerra
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2024-11-192024-11-194e024p04e024p0410.59099/prpub.2024.81A alegria é brasileira
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/60
<p>O artigo traz uma discussão epistemológica a partir de pesquisa realizada em territórios tradicionais do semiárido do nordeste brasileiro. Em visitas a comunidades quilombolas, buscou-se investigar a porosidade da psicanálise aos chamados saberes populares, dos quais se destaca a alegria como afeto marcadamente presente. Concluiu-se que, no encontro com o território brasileiro, faz-se importante que a psicanálise revisite fundamentos, conceitos e metodologias que estiveram na base de sua fundação por Freud, ainda na modernidade europeia. Trata-se de uma etapa fundamental para a efetiva democratização da psicanálise, fazendo jus ao projeto freudiano de que fosse efetivamente acessível. </p>Fernanda CanavêzSaulo Luders Fernandes
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2024-11-192024-11-194e024p05e024p0510.59099/prpub.2024.60Coletivos de psicanalistas
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/74
<p>Esse artigo tem como objetivo analisar a emergência plural de coletivos de psicanalistas no Brasil de 2012 em diante. Apostamos numa costura desses coletivos com os clamores políticos brasileiros do período, especificamente as formas de participação política. Isso porque entendemos serem esses coletivos atuações que ligam a psicanálise, sua clínica e formação, com ativismo político e com diversos territórios. Primeiro, desenhamos um contorno do conjunto desses coletivos, mantendo suas bordas imprecisas, pois entendemos que suas características são pautadas no comum instituído como prática. Depois, retomamos as manifestações de junho de 2013, destacando lá a emergência de estilos de ativismo e das contradições advindas do "sentimento antissistema", em meio à ascensão de discursos reacionários. Por fim, relacionamos os coletivos a uma década de políticas de redistribuição de renda e de inclusão no ensino, cujos resultados materiais vieram junto ao incremento da precarização no mundo do trabalho.</p>Ivan Ramos EstevãoAugusto Ribeiro Coaracy Neto
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2024-11-192024-11-194e024p06e024p0610.59099/prpub.2024.74Um começo, um lugar e uma seção
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/71
<p>Abordamos a constituição do coletivo Estação Psicanálise em Campinas e as consequências de uma prática clínico-política que procura problematizar a presença do psicanalista na cidade. Destacamos a importância da escuta psicanalítica na rua, implicada na ocupação de espaços públicos, no caso a Estação Cultura, uma antiga estação de trens. Mostramos como essa intervenção político-social coloca questões para a prática clínica, pressupondo a radicalidade ética da psicanálise e a questão dos laços transferenciais. Abordamos a construção dos casos clínicos, desafiando as noções tradicionais de singularidade e particularidade. Nessa direção, nossa abordagem visa a inscrição e tratamento do sofrimento em um contexto marcado pela violência cotidiana e traumas transgeracionais, sustentando o dispositivo de uma seção clínica que questiona como se constrói um caso coletivamente - ou um caso coletivo. Por fim, indicamos como nossa prática implica uma abordagem aberta à inovação e comprometida com a transformação social na e com a psicanálise.</p>Lauro BaldiniMarta FerreiraLucas PalmaAna Cláudia Fattori
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2024-11-192024-11-194e024p07e024p0710.59099/prpub.2024.71Enfrentando as raízes da branquitude
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/88
<p>Este artigo objetiva analisar e refletir a importância dos estudos sobre as relações raciais e a urgência da discussão sobre a paridade racial dentro das instituições. Foi utilizado o relato de experiência profissional dentro da ONG Casa da Árvore, uma clínica de psicanálise ampliada que atua desde 2001 no Rio de Janeiro no cuidado com crianças e famílias periféricas. Os resultados desse trabalho apontam para impactos importantes observados no trabalho clínico com as crianças, além de uma ampliação do olhar para o trabalho dentro da equipe. Ao produzir esse relato, buscamos fornecer subsídios para que outras instituições possam refletir sobre o perfil de seus profissionais e elaborar estratégias que visem o enegrecimento das equipes considerando aspectos essenciais no processo como a análise da manutenção de privilégios nas políticas de acesso e as orientações teóricas do grupo.</p>Luana Nogueira de Farias MouraNicole Xavier MeirelsFernanda Augusta Amitay KutwakLuana Corrêa dos SantosLiandra Lima Carvalho
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2024-11-192024-11-194e024p08e024p0810.59099/prpub.2024.88Maternidades marginalizadas e a possibilidade de uma clínica-política nas ruas de São Paulo
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/65
<p>Este trabalho se propõe a pensar a articulação teórica sobre a maternidade em situações de urgência social nos processos de destituição e/ou suspensão do poder familiar. O trabalho clínico aqui apresentado diz respeito a uma escuta clínico-política que se dá no centro de São Paulo, com mães marginalizadas. A história nos mostra como a maternidade e o lugar da mulher passaram por um intenso processo de idealização, e que há um grande atravessamento de raça, classe e gênero nas construções dos discursos sociais e políticos no campo da parentalidade e da maternidade, que nos remete a uma pergunta: Afinal, quem pode ser mãe no Brasil? Essa pergunta nos coloca a pensar que clínica podemos propor para escutar as maternidades marginalizadas, os desafios propostos à psicanálise e qual a posição no analista frente às questões de uma clínica-política que se dá no território, e é atravessada por ele.</p>Patricia Beretta CostaMiriam Debieux Rosa
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2024-11-192024-11-194e024p09e024p0910.59099/prpub.2024.65Somos capazes de escutar as vulnerabilidades socialmente induzidas?
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/93
<p>A partir de interrogações oriundas da clínica da recepção junto a sujeitos vulnerabilizados num ambulatório público de saúde mental, investigamos as articulações emergentes entre o referencial da psicanálise implicada, a incidência da dimensão da vulnerabilidade na escuta, e também a prática do testemunho. A metodologia do artigo consistiu num ensaio teórico interdisciplinar, baseado em articulações entre psicanálise, o conceito de vulnerabilidade da saúde coletiva e algumas contribuições de Judith Butler. A premissa ética e política que orientou o trabalho de investigação gira em torno da defesa de uma clínica que não redunde na prática da individualização e, portanto, da despolitização dos relatos endereçados. Uma clínica interrogada sobretudo por formas de silêncio que aparecem como formas de sobrevivência diante do horror. É desse paradoxo que a investigação atual extrai consequências, tensionando articulações para contribuir com uma psicanálise implicada, que seja capaz de diferenciar impossibilidades politicamente induzidas daquelas intrínsecas à subjetivação.</p>Victor Hugo Amorim de FrançaBruno Netto dos ReysMaria Tavares Cavalcanti
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2024-11-192024-11-194e024p10e024p1010.59099/prpub.2024.93"Margear" na clínica
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/55
<p>No presente artigo propomos, a partir de uma narrativa de percurso clínico do próprio autor, a noção de "margear" como estratégia de articulação entre a clínica pública, com base psicanalítica, e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), ao mesmo tempo, realizamos uma reflexão clínica sobre uma psicanálise das margens. Tal articulação e reflexão se dará a partir da experiência do autor no trabalho no coletivo Margens Clínicas na criação de dispositivos clínicos no enfrentamento à violência colonial junto a RAPS. Entendemos violência colonial a partir de Fanon, que tem como uma das suas formas de expressão a branquitude e suas práticas de silenciamento. Utilizamos a cena limite da crise psicológica para se pensar os tensionamentos do “margear”, a articulação da clínica pública e a RAPS. Portanto, o “margear” será desdobrado em quatro direções, visando a construção de estratégias possíveis para que a clínica pública possa se articular com a RAPS.</p>Kwame Yonatan Poli dos Santos
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2024-11-192024-11-194e024p11e024p1110.59099/prpub.2024.55 “No meio do caminho, tinha uma pedra...”
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/69
<p>Este artigo propõe discutir o modo como o sujeito que faz uso abusivo de crack vivencia as extremas modificações em seu corpo. Abordam-se noções de <em>corpo,</em> <em>imagem</em>, <em>pulsão</em> e <em>gozo</em>, na perspectiva psicanalítica de um corpo erógeno, regulado pelo desejo. Trata-se de um estudo de caso em que falas de um sujeito – que faz uso de crack – sobre seu corpo foram obtidas por entrevista com enfoque biográfico, surgindo as chamadas <em>falas de morte</em>, ou o que denominamos <em>Nomes-do-Morrer</em> que, por sua insistente repetição, marcam a singularidade do sujeito, apontando para a imagem de um corpo caído, sem vida. Mantém-se uma aposta em relação a Instituições de atendimento a esses usuários: a de escutá-los em suas singularidades em busca de saídas para a adicção, o que poderá lhes indicar um meio de se afastarem da pedra ou de outros elementos que podem bloquear seu caminho, permitindo-lhes dar continuidade a sua caminhada.</p>Anna Katarina Barbosa da SilvaGlória Maria Monteiro de Carvalho
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2024-11-192024-11-194e024p12e024p1210.59099/prpub.2024.69Saúde mental em adolescentes em conflito com a lei em ambientes fechados
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/68
<p>Apresenta-se uma investigação-intervenção que buscou analisar fatores de risco e apoio à saúde mental -SM- de adolescentes vulneráveis confinados num Centro de Atendimento Especializado -CAE- em Cali-Colômbia. Questão importante devido ao impacto social da deterioração do SM naqueles adolescentes. As categorias analisadas: sujeito, família e pares permitiram identificar quais punições, desconfiança, convivência e percepção de abuso de poder são fatores de risco; enquanto família, companheirismo, situação sentimental, normas e apoio são fatores de apoio. Após obtenção dos consentimentos informados e assentimentos, foram realizadas entrevistas de orientação clínica onde emergiram experiências anteriores de “SER PRISIONEIRO” e como o processo sancionatório projeta suas vidas de forma diferente.</p>Diego Fernando BolañosYorladiz Giraldo GutierrezMaría Camila Miranda JuradoAna Maria Lopez Bacca
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2024-11-192024-11-194e024p13e024p1310.59099/prpub.2024.68"Prática entre Vários" à brasileira
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/83
<p class="normal1" style="text-align: justify; line-height: 115%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Neste artigo, abordaremos a inserção da “Prática entre Vários” nos Centros de Atenção Psicossocial infantojuvenis (CAPSis) como estratégia de trabalho orientada pela psicanálise em articulação com as diretrizes do SUS, valendo-nos dos estudos que respaldam essa prática e a experiência de trabalho nessas instituições. Determo-nos, introdutoriamente, na articulação entre psicanálise e clínicas públicas tal como proposto por Freud. Apresentaremos, depois, um breve histórico focado nas instituições voltadas ao atendimento de crianças e adolescentes autistas e psicóticos na França cuja direção de trabalho é norteada por essa estratégia clínica, bem como a inserção desta nas instituições brasileiras que atendem crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade psíquica e social. Por fim, assinalamos que a clínica entre vários pressupõe a adaptação da instituição à singularidade do sujeito e a promoção de um espaço de fala que possibilite a construção de um discurso, logo, alinha-se eticamente às diretrizes do SUS.</span></p> <p style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Liberation Serif, Times New Roman, serif;"> </span></p>Carla JeuckenMaycon Rodrigo da Silveira TorresGiselle Falbo
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2024-11-192024-11-194e024p14e024p1410.59099/prpub.2024.83Raça e gênero na saúde mental
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/87
<p>A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é composta por um conjunto diverso de serviços, equipamentos e instituições que visam à promoção da saúde mental dos seus usuários, de forma a se configurar como substitutiva ao modelo manicomial. Um dos seus principais expoentes são os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS). A partir de uma perspectiva psicanalítica e interseccional, este artigo objetiva problematizar os diagnósticos de usuários de um CAPS I Adulto, de uma cidade do interior de São Paulo, a partir da discussão a respeito dos marcadores sociais de raça e gênero, historicamente invisibilizados. Foram analisados 346 prontuários e cinco pessoas responderam a um questionário. Enfatiza-se que o sofrimento psíquico se constitui a partir de experiências sociais, as quais se estabelecem e são reguladas pelas configurações sociais vigentes. Isso implica incluir na discussão diagnóstica e na escuta psicanalítica a dimensão sócio-política do sofrimento, na perspectiva da luta antimanicolonial.</p>Caroline Heloisa SapatiniBeatriz Almeida Gabardo TraldiKelly Cristina Brandão da Silva
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2024-11-192024-11-194e024p15e024p1510.59099/prpub.2024.87Psicanálise e universidade
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/77
<p>As Ligas Acadêmicas (LA) universitárias são projetos criados e geridos por estudantes, com enfoque em processos de ensino-aprendizagem complementares aos âmbitos da sala de aula e dos projetos político-pedagógicos. Este relato de experiência contempla a criação de uma LA de Psicanálise (LAP), os cenários e os impactos de alguns de seus desenvolvimentos, após seus primeiros anos de funcionamento. Alguns resultados observados: no ensino, temáticas teórico-técnicas foram ministradas por convidados(as); na extensão, grupos operativos foram desenvolvidos com jovens de instituição pública de ensino técnico; e na pesquisa, a LAP e seus projetos foram apresentados em eventos científicos. Pondera-se que essa iniciativa estudantil ultrapassou os limites do sonhar e tem se constituído como importante dispositivo complementar de formação. Desafios perpassaram os desenvolvimentos dos projetos, como o curto período de preparo das práticas extensionistas e a baixa adesão dos integrantes às atividades de pesquisa.</p>Larissa Christine Jerônimo Neiva Carlos André Silverio de Castro Gabriel Siqueira TerraTales Vilela Santeiro
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2024-11-192024-11-194e024p20e024p2010.59099/prpub.2024.77Desinserção e Masculinidade
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/61
<p>A partir de estudo qualitativo descritivo do tipo relato de experiência, abordamos prática extensionista orientada pela psicanálise lacaniana e desenvolvida em uma universidade pública, tendo como foco a produção de cuidado e o compartilhamento de narrativas sobre gênero e masculinidade em um dispositivo grupal. O objetivo do presente estudo é apresentar a prática coletiva desenvolvida com homens que realizam tratamento em saúde mental, analisando as incidências do intercâmbio narrativo na subjetivação do sofrimento e no exercício crítico de questionamento em relação aos estereótipos ligados ao gênero. A coletivização e o compartilhamento de experiências como estratégias do campo da saúde mental possibilitam contornar as dificuldades de inserção e ampliam a visão acerca das masculinidades, situando-se ainda como tomada de posição ativa que procura combater discursos radicais e de recusa à diferença.</p>Nuria Malajovich MuñozLucas Costa Marins Barbosa
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2024-11-192024-11-194e024p21e024p2110.59099/prpub.2024.61Psicanálise e música
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/92
<p>O <em>Ateliê de Pesquisa: Psicanálise e Arte</em>, ação de extensão universitária, foi criado com intuito de ampliar o estudo e a transmissão da Psicanálise, bem como o conhecimento de obras artísticas no contexto da Psicanálise Lacaniana. Por meio da produção de um tesauro sobre as referências de Lacan à arte, abrangendo pintura, escultura, música, teatro e literatura, elegeu-se como recorte para este artigo as obras musicais presentes no<em> Seminário, livro X: a angústia. </em>Com o objetivo de examinar os elementos que Lacan utilizou da música para avançar na construção da teoria da angústia, foi realizado estudo do seminário e revisão da literatura psicanalítica sobre a temática. Conclui-se que Lacan, progressivamente, constrói um caminho de articulações entre música e angústia e outros conceitos: repetição, <em>acting out, desejo do analista, gozo </em>e por fim, o objeto voz.</p>Susane Vasconcelos ZanottiLilian Beatriz Silva RodriguesHeitor Azevedo Albuquerque de LimaLídia Amarilis Alencar Dias
Copyright (c) 2024 Susane Vasconcelos Zanotti, Lilian Beatriz Silva Rodrigues, Heitor Azevedo Albuquerque de Lima, Lídia Amarilis Alencar Dias
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2024-11-192024-11-194e024p23e024p2310.59099/prpub.2024.92Carta à Lélia
https://revistaplural.emnuvens.com.br/prp/article/view/80
<p>O texto apresenta-se no formato de uma carta, poética e livremente endereçada à Lélia González, uma de nossas inspirações para pensarmos uma psicanálise feita no Brasil. Trata-se de um escrito elaborado para uma transmissão, prenhe de oralidade, por ocasião do II Colóquio Psicanálise e Amefricanidade, realizado em Brasília, São Paulo, Recife e Buenos Aires, em dezembro de 2023 e organizado pela Rede de Pesquisa e Formação Lélia González. O estilo do texto se presta a uma leitura sem pretensão de aprofundar, explicar, traduzir ou desenvolver ideias, noções e conceitos, como se apresentam as palavras em iorubá, mas escritas propriamente à oralidade brasileira. O ensejo da publicação deste texto se encontra no exercício de expor e ampliar questionamentos atinentes aos coletivos de psicanálise em espaços públicos, como é o caso da autora desta carta, considerando o incontornável atravessamento oriundo de sabedorias e tecnologias ancestrais, bem como autoras e autores negras e negros, rumo a uma forma de fazer e pensar uma psicanálise brasileira potencialmente mais livre do sequestro colonial-europeu.</p>Adriana Marino
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2024-11-192024-11-194e024p02e024p0210.59099/prpub.2024.80