Estresse, estressores ocupacionais e as estratégias de enfrentamento de gestores organizacionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59099/prpub.2022.10

Palavras-chave:

Estressores Ocupacionais, Gestores, Enfrentamento, Trabalho

Resumo

O estudo objetivou identificar a presença do estresse ocupacional e estratégias de enfrentamento utilizadas por gestores em contexto organizacional público e privado. Sessenta participantes responderam aos questionários e avaliaram aspectos psicossociais de risco à saúde na realização de seu trabalho. No final do questionário estruturado responderam, em questão aberta, sobre que estratégias adotavam para diminuir o estresse ocupacional. Os principais resultados obtidos foram: busca de apoio social fora do trabalho; atividades de autocuidado; planejamentos de trabalho e administração do tempo; estratégias de autocontrole e autodesenvolvimento no trabalho; busca por melhorias no trabalho; incentivo ao trabalho grupal; apoio aos trabalhadores; busca pelo diálogo. Os gestores das organizações públicas manifestaram maior quantidade e qualidade de formas de enfrentamento. Em ambos os setores, ações para prevenção do estresse e de cuidado com a saúde de trabalhadores devem fortalecê-los, preservar suas relações e disseminar as possíveis fontes de força e de enfrentamento do estresse.

Biografia do Autor

Edward Goulart Júnior, UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Atua como supervisor de estágio profissionalizante na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho, ministra aulas na graduação e em diferentes cursos de Pós-graduação Lato Sensu. Coordena o Laboratório de Psicologia Organizacional e do Trabalho – LaborPOT (FC-Unesp) e o curso de Especialização "Gestão Estratégica de Pessoas e Psicologia Organizacional e do Trabalho" (FC-Unesp). É membro pesquisador do Grupo de Pesquisa CNPq/Unesp "Psicologia Organizacional e do Trabalho".

Hugo Ferrari Cardoso, UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Possui graduação em Psicologia (Formação e Licenciatura/2008 e Bacharelado/2009) pela Universidade Sagrado Coração; Pós-graduação em Psicologia com ênfase em avaliação psicológica (Mestrado/2010; Doutorado/2013 e Pós-doutorado/2015) pela Universidade São Francisco. Atualmente é Professor Assistente Doutor da Unesp, dos cursos de Psicologia (Graduação e Pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem - UNESP/FC); bolsista produtividade em pesquisa do CNPq (PQ-Nível 2).

Mário Lázaro Camargo, UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Doutor em Psicologia pela USP, Mestre em Psicologia e Sociedade pela Unesp, Graduado Psicologia pela USC. Professor Assistente Doutor nos Cursos de Graduação em Psicologia e Engenharia de Produção da UNESP-FC-FEB e docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem da Faculdade de Ciências-Unesp. Membro do Grupo de Pesquisa CNPq/Unesp “Psicologia Organizacional e do Trabalho” e do LaborPOT - Laboratório de Psicologia Organizacional (FC-Unesp).

Marianne Ramos Feijó, UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Professora Assistente Doutora do Departamento de Psicologia e docente credenciada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento da UNESP-Bauru. Vice-supervisora do Centro de Psicologia Aplicada da Unesp, Bauru (CPA). Pós-doutora pelo Departamento de Psicobiologia da UNIFESP, Doutora pela PUCSP e Mestre pela PUCSP. Psicóloga, com experiência em intervenções e práticas sistêmicas nas áreas de Psicologia do Trabalho, Orientação Profissional, Famílias, Casais, Mediação de Conflitos, Educação para a Paz e Projetos Sociais.

Aline Silvério Salinas, UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Graduada em Psicologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Ciências, campus de Bauru.

Referências

Anderson, M., & Rodrigues, R. (2017). O paradigma da complexidade e os conceitos da medicina integral: saúde, adoecimento e integralidade. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, 15(3), 242-252. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/29450/23247. DOI: https://doi.org/10.12957/rhupe.2016.29450

Azevedo, C. E. F., Oliveira, L. G. L., Gonzalez, R. K., & Abdalla, M. M. (2013). A Estratégia de Triangulação: Objetivos, Possibilidades, Limitações e Proximidades com o Pragmatismo. VI Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade. Brasília/DF. http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EnEPQ5.pdf.

Bandeira, E. L., Ferreira, V. C., & Cabral, A. C. A. (2019). Conflito trabalho-família: a produção científica internacional e a agenda de pesquisa nacional. REAd. Revista Eletrônica de Administração (Porto Alegre), 25(1), 49-82. https://doi.org/10.1590/1413-2311.232.87660. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-2311.232.87660

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Câmara, R. H. (2013). Análise de conteúdo: da teoria à prática em pesquisas sociais aplicadas às organizações. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 6(2), 179-191. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202013000200003&lng=pt&tlng=pt.

Camargo, M. L. (2017). Presenteísmo: denúncia do mal-estar nos contextos organizacionais de trabalho e de riscos à saúde do trabalhador. Revista Laborativa, 6(1), 125-146. https://ojs.unesp.br/index.php/rlaborativa/article/view/1601/pdf.

Cardoso, H. F., Feijó, M. R., & Camargo, M. L. (2018). O papel do Psicólogo Organizacional e do Trabalho (POT) na prevenção dos fatores psicossociais de risco. In M. L. G. Schmidt, M. F. Castro, & M. M. Casadore (Orgs.). Fatores Psicossociais e o Processo Saúde/Doença no Trabalho (pp. 111-136). São Paulo: FiloCzar.

Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2019). Síndrome de Burnout em servidores públicos: prevalência e associação com estressores ocupacionais. Psico-USF, 24(3), 425-435. https://doi.org/10.1590/1413-82712019240302. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-82712019240302

Carlotto, M. S., Câmara, S. G., Diehl, L., Ely, K., Freitas, I. M., & Schneider, G. A. (2018). Estressores ocupacionais e estratégias de enfrentamento. Revista Subjetividades, 8(1), 92-105. https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18i1.6462. DOI: https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18i1.6462

Carvalho, A. E. L., Frazão, I. S., Silva, D. M. R., Andrade, M. S., Vasconcelos, S. C. & Aquino, J. M. (2020). Stress of nursing professionals working in pre-hospital care. Revista Brasileira de Enfermagem. 73(2). https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0660. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0660

Cooper, C. L. (2012). A natureza mutante do trabalho: o novo contrato psicológico e os estressores associados. In A. M. Rossi, P. Perrewé, & S. L. Sauter. Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional (pp. 3-8). São Paulo: Atlas.

Cruz, S. O., & Abellán, M. V. (2015). Desgaste profissional, stress e satisfação no trabalho do pessoal de enfermagem em um hospital universitário. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 23(3), 543-552. https://doi.org/10.1590/0104-1169.0284.2586. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-1169.0284.2586

Dias, F. S., & Angélico, A. P. (2018). Síndrome de Burnout em trabalhadores do setor bancário: uma revisão de literatura. Trends in Psychology, 26(1), 15-30. https://doi.org/10.9788/tp2018.1-02pt. DOI: https://doi.org/10.9788/TP2018.1-02Pt

Feijó, M. R. (2017). O Pensamento Sistêmico e Complexo aplicado às organizações e à gestão de pessoas. In D. C. Campos (Org.). Atuando em Psicologia do Trabalho, Psicologia Organizacional e Recursos Humanos (pp. 226-230). Rio de Janeiro: LTC.

Feijó, M. R., Goulart Jr., E., Nascimento, J. M., & Nascimento, N. B. (2017). Conflito trabalho-família: um estudo sobre a temática no âmbito brasileiro. Pensando famílias, 21(1), 105-119. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2017000100009&lng=pt&tlng=pt.

Gadini, B., Goulart Jr., E, & Feijó, M. R. (2018). Implicações do transtorno de estresse pós-traumático no trabalho: uma revisão bibliográfica narrativa. Implicações do transtorno de estresse pós-traumático no trabalho: uma revisão bibliográfica narrativa. Psicologia, Saúde & Doenças, 19(3), 644-652. https://dx.doi.org/10.15309/18psd190314. DOI: https://doi.org/10.15309/18psd190314

ILO – International Labour Office. (2019). Safety and health at the heart of the future of work. https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---dcomm/documents/publication/wcms_686645.pdf.

Lipp, M. E. N. (2005). Manual do Inventário dos sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo. https://www.pearsonclinical.com.br/issl-inventario-de-sintomas-de-stress-para-adultos.html.

Martinez, M. C., & Fischer, F. M. (2019). Fatores psicossociais no trabalho hospitalar: situações vivenciadas para desgaste no trabalho e desequilíbrio entre esforço e recompensa. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 44(e12). https://doi.org/10.1590/2317-6369000025918. DOI: https://doi.org/10.1590/2317-6369000025918

Mendonça, H. P. F. (2017). A problemática da saúde na sociedade capitalista e suas implicações no processo de adoecimento dos trabalhadores brasileiros. (Dissertação de Mestrado). http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/2540.

OPAS - Organização Mundial Do Trabalho; OMS - Organização Pan-Americana de Saúde. (2016). Estresse no ambiente de trabalho cobra preço alto de indivíduos, empregadores e sociedade. Webconferência. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5087:estresse-no-ambiente-de-trabalho-cobra-preco-alto-de-individuos-empregadores-e-sociedade&Itemid=839.

Pereira, L. Z., Lanna, F. C. C. C., & Coelho, G. I. (2014). Estresse ocupacional e liderança. Reuna, 19(4), 205-226. http://www.spell.org.br/documentos/ver/36545/estresse-ocupacional-e-lideranca-/i/pt-br.

Pujol-Cols, L., & Foutel, M., & Porta, L. (2019). Riesgos Psicosociales en la Profesión Académica: Un análisis interpretativo del discurso de docentes universitarios argentinos. Trabajo y Sociedad, (33),197-223. https://www.unse.edu.ar/trabajoysociedad/33%20PUJOL%20COLS%20Y%20OTROS%20Riesgos%20Psicosociales%20en%20Profesionales%20Academicos.pdf.

Rueda, F. J. M., Serenini, A. L. P., & Meireles, E. (2014). Relação entre qualidade de vida no trabalho e confiança do empregado na organização. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 14(3), 303-314. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572014000300006&lng=pt&tlng=pt.

Silva, N., Zanelli, J. C., & Tolfo, S. R. (2014). Cultura organizacional. In J. C. Zanelli, J. E. Andrade-Borges, & A. V. B. Bastos (Orgs.). Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil (pp. 491-525). Porto Alegre: Artmed.

Skaalvick, E., & Skaalvick, S. (2015). Job Satisfaction, Stress and Coping Strategies in the Teaching Profession—What Do Teachers Say? International Education Studies, 8(3), 181-192. http://dx.doi.org/10.5539/ies.v8n3p181. DOI: https://doi.org/10.5539/ies.v8n3p181

Soares, J. P., Barbosa, T. C., Silva, B. K. R., Zica, M. M., Maciel, E. S., Batello, G. V. V. A. T., Silva, S. M. M., & Quaresma, F. R. P. (2017). Qualidade de Vida, Estresse, Nível de Atividade Física e Cronotipo dos Auxiliares/Técnicos de Enfermagem em Unidades de Pronto Atendimento em Palmas/TO. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, 9(1), 1-9. http://www.cpaqv.org/revista/CPAQV/ojs-2.3.7/index.php?journal=CPAQV&page=article&op=view&path%5B%5D=180&path%5B%5D=141.

Ueno, L. G. S., Bobroff, M. C. C., Martins, J. T., Machado, R. C. B. R., Linares, P. G., & Gaspar, S. G. (2017). Estresse Ocupacional: Estressores referidos pela equipe de enfermagem. Revista de Enfermagem – UFPE, 11(4), 1632-1638. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v11i4a15232p1632-1638-2017.

Urbani, G., Freitas, L. J., & Cozendey-Silva, E. N. (2019). Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular e o estresse presente no trabalho policial: revisão integrativa. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 24(5), 1753-1765. https://doi.org/10.1590/1413-81232018245.16162017. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018245.16162017

Zanelli, J.C.; Kanan, L. A. (2018). Fatores de risco e de proteção psicossocial: organizações que emancipam ou que matam. Lages: Uniplac.

Downloads

Publicado

16-03-2023

Como Citar

Goulart Júnior, E., Cardoso, H. F., Camargo, M. L., Feijó, M. R., & Salinas, A. S. (2023). Estresse, estressores ocupacionais e as estratégias de enfrentamento de gestores organizacionais. PLURAL - Revista De Psicologia UNESP Bauru, 1, e022017. https://doi.org/10.59099/prpub.2022.10

Edição

Seção

Artigos