A alegria é brasileira
Encontros da psicanálise com o semiárido nordestino
DOI:
https://doi.org/10.59099/prpub.2024.60Palavras-chave:
alegria, quilombo, epistemologia, povo, psicanálise - BrasilResumo
O artigo traz uma discussão epistemológica a partir de pesquisa realizada em territórios tradicionais do semiárido do nordeste brasileiro. Em visitas a comunidades quilombolas, buscou-se investigar a porosidade da psicanálise aos chamados saberes populares, dos quais se destaca a alegria como afeto marcadamente presente. Concluiu-se que, no encontro com o território brasileiro, faz-se importante que a psicanálise revisite fundamentos, conceitos e metodologias que estiveram na base de sua fundação por Freud, ainda na modernidade europeia. Trata-se de uma etapa fundamental para a efetiva democratização da psicanálise, fazendo jus ao projeto freudiano de que fosse efetivamente acessível.
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