¿Pueden los negros consumir marihuana para su bienestar?
DOI:
https://doi.org/10.59099/prpub.2024.53Palabras clave:
marijuana; derechos; bien estar; vida diaria; terapia ocupacional; racismo; negritudeResumen
La regulación de la marihuana ha puesto de relieve la desproporción racial en la incidencia de la guerra contra las drogas sobre las poblaciones, alertando de la necesidad de reparación social y promoción de la equidad. El estudio verificó la diferencia en las características sociodemográficas, las motivaciones y los riesgos biopsicosociales del uso y prohibición de la marihuana, cuando se trata de poblaciones negras, a través de análisis cuantitativos. La población negra tuvo menores niveles de educación, menores ingresos familiares, un inicio de consumo más tardío y una menor frecuencia de consumo, aunque sufrió más experiencias de estigmatización. Los blancos eran más propensos a utilizarlo para divertirse, relajarse y controlar el estrés, aunque estaban más expuestos a métodos ilegales para obtenerlo. Una limitación del estudio es que no cuenta con una muestra de base poblacional. El uso de drogas como ocupación humana puede favorecer enfoques no estigmatizantes, poniendo de relieve fuerzas estructurales.
Citas
American Civil Liberties Union – ACLU. (2020). The War on Marijuana in Black and White. https://www.aclu.org/publications/report-war-marijuana-black-and-white
Adorno, R. C. F., Lopes, R. E., Malfitano, A. P. S., Takeiti, B. A., Silva, C. R., & Borba, P. L. (2008). Juventude pobre, violência e cidadania. Saúde e Sociedade, 17(3), 63–76. https://doi.org/10.1590/S0104-12902008000300008 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902008000300008
Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História em Educação – ASPHE (2005). História da Educação, 18. https://www.calameo.com/read/00072496355feec088160
Almeida, S. L. (2018). O que é racismo estrutural? Letramento.
Araújo, T. (2012). Almanaque das drogas. Leya.
Arce, J. M. V. (2018). Criminalização das juventudes. As interfaces do genocídio no Brasil: raça, gênero e classe. (p. 315). Instituto de Saúde.
Barros, A., & Peres, M. (2011). Proibição da maconha no Brasil e suas raízes históricas escravocratas. Revista Periferia, 3(2). https://doi.org/10.12957/periferia.2011.3953 DOI: https://doi.org/10.12957/periferia.2011.3953
Bastos, F. I. P. M. (2017). Levantamento Nacional Sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira. FIOCRUZ/ICICT. https://www.arca.fiocruz. br/handle/icict/34614
Boiteux, L. (2014). Drogas e cárcere: repressão às drogas, aumento da população penitenciária e alternativas. In S. S. Shecaira (Org.). Drogas: uma nova perspectiva (pp. 83-105). Instituto Brasileiro De Ciências Criminais.
Brasil (1890). Decreto nº 847, de 11 de outubro de 1890. Promulga o Código Penal. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-847-11-outubro-1890-503086-publicacaooriginal-1-pe.html
Brasil (1830). Lei de 16 de dezembro de 1830. Manda executar o Código Criminal. D. Pedro por Graça de Deus, e Unanime Acclamação dos Povos, Imperador Constitucional, e Defensor Perpetuo do Brazil: Fazemos saber a todos os Nossos subditos, que a Assembléa Geral Decretou, e Nós Queremos a Lei seguinte. Codigo Criminal Do Imperio Do Brazil. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim-16-12-1830.htm
Calil, T (2021). Uma breve história das drogas e os diferentes sentidos de uso. In L. T. L. S. Surjus & L. H. Passador (Orgs.), Por uma Redução de Danos Decolonial (pp. 46-54). UNIFESP. https://www.unifesp.br/campus/san7/images/pdfs/ebook%2023082021%20(1)_cmpressed.pdf
Carlini, E. (2005). A história da maconha no Brasil. CEBRID. DOI: https://doi.org/10.1590/S0047-20852006000400008
Carneiro, H. (2019). Proibição da Maconha: racismo e violência no Brasil. Cahiers des Amériques latines, 92, 135-152. https://doi.org/10.4000/cal.10049 DOI: https://doi.org/10.4000/cal.10049
Carneiro, Sueli. (2011). Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. Selo Negro.
Centro de Estudos de Segurança e Cidadania – CESeC (2021). Infância interrompida: números da violência contra crianças e adolescentes. CESeC. https://cesecseguranca.com.br/wp-content/uploads/2021/10/Inf%C3%A2ncia-interrompida_n%C3%BAmeros-da-viol%C3%AAncia-contra-crian%C3%A7as-e-adolescentes.pdf
Colaneri, N., Sheldon, M., & Adesman, A. (2018). Pharmacological cognitive enhancement in pediatrics. Current opinion in pediatrics, 30(3), 430–437. https://doi.org/10.1097/MOP.0000000000000615 DOI: https://doi.org/10.1097/MOP.0000000000000615
Córdoba, A. G. (2020). Sobre as novas formas de colonização em terapia ocupacional. Reflexões sobre Justiça Ocupacional na perspectiva de uma filosofia política crítica. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 28(4), 1365–1381. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoARF2175 DOI: https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoARF2175
Chiavenato, J. J. (2012). O negro no Brasil: da senzala à abolição. Cortez.
David, E. C., & Vicentin, M. C. G. (2020). Nem crioulo doido nem negra maluca: por um aquilombamento da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Saúde em Debate, 44(esp. 3), 264-277. https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/3850 DOI: https://doi.org/10.1590/0103-11042020e322
D’agostino, R. (2015, 24 de junho). Com lei de drogas, presos por tráfico passam de 31 mil para 138 mil no país. G1 Política. http:// g1.globo.com/politica/noticia2015/06/com-lei-de-drogas-presos-por-traico-passam-de-31-mil-para-138-mil-no-pais.html
Dória, R. (1958). Os Fumadores de Maconha. Efeitos e Males do Vício. In Serviço Nacional de Educação Sanitária, Maconha: Coletânea de Estudos Brasileiros (1-14). Serviço Nacional de Educação Sanitária/Ministério da Saúde.
Faustino, D. (2018) Reflexões indigestas sobre a cor da morte: as dimensões de classe e raça da violência contemporânea. In A. Derbli (Ed.). As interfaces do genocídio no Brasil: raça, gênero e classe (pp. 141-157). Instituto de Saúde.
Flauzina, A. L. P. (2018). Corpo negro caído no chão: o sistema penal e o projeto genocida do Estado brasileiro. Contraponto.
Fanon, F. (2008). Pele Negra Máscaras Brancas. EDUFBA.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública – FBSP (2022). Anuário Brasilero de Segurança Pública. https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf?v=4
Gonzalez, L. (2018). Primavera para as rosas negras. Diáspora Africana.
Green, B., Kavanagh, D. J., & Young, R. M. (2004). Reasons for cannabis use in men with and without psychosis. Drug and alcohol review, 23(4), 445–453. https://doi.org/10.1080/09595230412331324563 DOI: https://doi.org/10.1080/09595230412331324563
Hart, C. (2014). Um preço muito alto: a jornada de um neurocientista que desafia nossa visão sobre as drogas. Zahar.
Kiepek, N., & Magalhães, L. (2011). Addictions and Impulse-Control Disorders as Occupation: A Selected Literature Review and Synthesis. Journal of Occupational Science, 18(3), 254–276. https://doi.org/10.1080/14427591.2011.581628 DOI: https://doi.org/10.1080/14427591.2011.581628
Kiepek, N., Beagan, B., & Phelan, S. (2019). Substance use to enhance occupational performance and experience: a critical interpretive synthesis. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(4), 843–857. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAR1926 DOI: https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAR1926
Lee, C. M., Neighbors, C., & Woods, B. A. (2007). Marijuana motives: young adults’ reasons for using marijuana. Addictive Behaviors. 32(7), 1384-1394. https://dx.doi.org/10.1016/j.addbeh.2006.09.010 DOI: https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2006.09.010
INFOPEN. (2014). Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias [Relatório Nacional]. Departamento Penitenciário Nacional. https://www.justica.gov.br/noticias/mj-divulgara-novo-relatorio-do-infopen-nesta-terca-feira/relatorio-depen-versao-web.pdf
Lima, R. de C. C. (2009). Uma história das drogas e do seu proibicionismo transnacional: relações Brasil-Estados Unidos e os organismos internacionais [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. https://minerva.ufrj.br/F/?func=direct&doc_number=000619294&local_base=UFR01
Lorente, F. O., Peretti-Watel, P., & Grelot, L. (2005). Cannabis use to enhance sportive and non-sportive performances among French sport students. Addictive behaviors, 30(7), 1382–1391. https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2005.01.019 DOI: https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2005.01.019
Lyons, C. J., & Pettit, B. (2011). Compounded Disadvantage: Race, Incarceration, and Wage Growth. Social Problems, 58(2), 257-280. https://doi.org/10.1525/sp.2011.58.2.257 DOI: https://doi.org/10.1525/sp.2011.58.2.257
Matsumoto, A., & Gimenez, S. (2017). Considerações sobre drogas, sistema carcerário e criminologia crítica. In M. Dalla Vecchia, T. M. Ronzani, F. S. Paiva, C. B. Batista & P. H. A. Costa (Orgs.), Drogas e Direitos Humanos: Reflexões em Tempos de Guerra às Drogas (p. 265-286). Rede UNIDA. https://doi.org/10.18310/9788566659764 DOI: https://doi.org/10.18310/9788566659764
Mbembe, A. (2018). Crítica da razão negra. La Découverte.
Mbembe, A. (2011). Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. La Découverte.
Nascimento, A. (2016). O genocídio do negro brasieliro: processo de um racismo mascarado. Perspectiva.
Nelson, E. U. E. (2023). ‘I cannot stop taking weed cos it makes me survive’: cannabis use, criminal sanctions and users’ experiences in Nigeria. Drugs: Education, Prevention and Policy, 30(2), 196–203. https://doi.org/10.1080/09687637.2021.1972936 DOI: https://doi.org/10.1080/09687637.2021.1972936
Oliveira, E. G. (2016). Chai, Chillum & Chapati: a cultura do charas nas cordilheiras do Himalaia. In: E. MacRae & W. C. Alves (Orgs.), Fumo de Angola: canabis, racismo, resistência cultural e espiritualidade. EDUFBA. https://cetadobserva.ufba.br/sites/cetadobserva.ufba.br/files/fumo_de_angola-edufba-2016.pdf
Paula, T. S. (2023). O controle do devir quilombista: guerra às drogas, fratura colonial e neoliberalismo. In L. T. L. S. Surjus & M. K. Dias (Orgs.), Políticas e práticas de promoção de equidade: usos de drogas e enfrentamento de desigualdades (pp. 64-76). CRV.
Paula, T. S. (2024). Da raiz à radicalidade da Reforma Psiquiátrica: racismo, manicômios e guerra às drogas. In C. A. S. Garcia Júnior &, R. F. Ceccon (Orgs.), Violência e Saúde Mental: desafios contemporâneos (pp. 56-72). Rede Unida.
Saad, L. (2019). Fumo de Negro. EDUFBA.
Santos, Saulo C. P.; Silva, Pedro H. M.; Silva, Francismary A. (2021). O discurso médico-científico sobre a maconha no pós-abolição: o racismo científico como pressuposto para a emergência da ideologia proibicionista. Revista Maracanan, (27), 118–144. https://doi.org/10.12957/revmar.2021.56936 DOI: https://doi.org/10.12957/revmar.2021.56936
Sigfúsdóttir, I. D., Thorlindsson, T., Kristjánsson, Á. L., Roe, K. M., & Allegrante, J. P. (2008). Substance use prevention for adolescents: the Icelandic Model. Health Promotion International, 24(1), 16-25. https://doi.org/10.1093/heapro/dan038 DOI: https://doi.org/10.1093/heapro/dan038
Souza, N. S. (1983). Tornar-se negro, ou, as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Graal.
Surjus, L. T. L. S., & Ricci, E. C. (2020). Terapia ocupacional em saúde mental: um caso clínico-político. In L. C. C. Gradim, T. N. Finarde &, D. C. M. Carrijo (Orgs.), Práticas em Terapia Ocupacional (p. 129-137). Manole.
Surjus, L. T. L. S., & Passador, L. H. (2020). Esforços Decoloniais numa Formação em Redução De Danos. In L. T. L. S. Surjus & L. H. Passador (Orgs.), Por uma Redução de Danos Decolonial. (p. 16-45). Universidade Federal de São Paulo. https://www.unifesp.br/campus/san7/images/pdfs/ebook%2023082021%20(1)_compressed.pdf
Surjus, L. T. L. S., Nunes, D. M., Souza, J. N., Freitas, B. B. D. G., Coelho, A. C. R., & Horniche, L. H. (2022). Educação para o cuidado em liberdade: experiência formativa de terapeutas ocupacionais em redução de danos enquanto perspectiva ético-metodológica para um cuidado emancipatório a pessoas que usam drogas. In L. Cordeiro & D. E. R. G. Almeida (Orgs.), A Extensão Universitária em Terapia Ocupacional – Participação, transformação social e integração com ensino e pesquisa. (p. 183-204). CRV.
Surjus, L. T. L. S., Dainesi, N. C., & Granado, F. (2023). Use of Marijuana to Promote Well-Being: Effects of Use and Prohibition in the Daily Lives of Brazilian Adults. Substance Abuse: Research and Treatment, 17, 1–24. https://doi.org/10.1177/11782218231162469 DOI: https://doi.org/10.1177/11782218231162469
Todos pela Educação (2020). Anuário Brasileiro da Educação Básica. Moderna.
Townsend, E. (2022). Preenchendo lacunas críticas em justiça ocupacional e justiça social nas práticas em terapia ocupacional. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 30(spe.), e30202201. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoED302022011 DOI: https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoed302022012
Townsend, E., & Marvalb, R. (2013). Can professionals actually enable occupational justice? Cadernos de Terapia Ocupacional, 21(2), 215-228. https://doi.org/10.4322/cto.2013.025 DOI: https://doi.org/10.4322/cto.2013.025
Wasmuth, S., Brandon-Friedman, R. A., & Olesek, K. (2016). A grounded theory of veterans’ experiences of addiction-as-occupation. Journal of Occupational Science, 23, 128-141. http://dx.doi.org/10.1080/14427591.2015.1070782 DOI: https://doi.org/10.1080/14427591.2015.1070782
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Luciana de Lima e Silva Surjus, Douglas Martins Nunes, Tadeu de Paula, Deivison Mendes Faustino, Emiliano de Camargo David
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores aceptan los siguientes términos de PLURAL - Revista de Psicologia UNESP Bauru:
Los artículos enviados deben ser originales y serán publicados por primera vez por la Revista Plural, pero los autores conservarán los derechos de autor. El trabajo será simultáneamente licenciado bajo la Creative Commons Attribution CC-By 4.0 International Licence para permitir que el trabajo sea compartido con reconocimiento de autoría y primera publicación por esta revista.
Los autores están autorizados a celebrar contratos adicionales por separado, por ejemplo, para publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro, siempre que se detallen y registren tanto el reconocimiento de la autoría como la publicación inicial en esta revista.
Se autoriza y anima a los autores a publicar y distribuir sus trabajos en línea en repositorios institucionales (preprints) o en su sitio web personal.