PSYCHOANALYSIS ON THE STREET

THE CONSTRUCTION OF A CLINICAL DEVICE

Authors

DOI:

https://doi.org/10.59099/prpub.2024.99

Keywords:

Keywords: Psychoanalytical Listening; Psychoanalysis and Politics; Social vulnerability; Peripatetic Clinic; Public Clinics in Psychoanalysis

Abstract

This article aims to present the practice of extension students at the Núcleo de Escuta Singularizada, a project aimed at welcoming and clinical listening to people in extreme vulnerability and/or living on the streets. Through experience reports, we address the process of practical construction and ethical, technical and political principles that guided psychoanalytic work in non-traditional settings. Some clinical fragments from the work with the public in question are also presented. Furthermore, articulations between praxis and theory are made taking into account social markers of difference, subjective and intersubjective aspects of action, and the development of care practices that enable access to social assistance and health equipment.

 

Author Biographies

Diandry da Silva Soares dos Santos, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Graduando em Psicologia (Universidade Federal da Bahia). Foi extensionista no Núcleo de Escuta Singularizada - NES atuando no Programa Corra pro Abraço; integra a Liga Acadêmica de Redução de Riscos e Danos (LARRD) da UFBA; integra o grupo de pesquisa Hiato: psicanálise, clínica e política; pesquisador bolsista PIBIC/CNPq do plano de trabalho "Clínicas Peripatética e Psicanálise".

Paula Gomes-Silvestre, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Bacharela Interdisciplinar em Humanidades pela Universidade Federal da Bahia - IHAC/UFBA; graduanda em Psicologia - IPS/UFBA; foi extensionista no Núcleo de Escuta Singularizada - NES atuando no Programa Corra pro Abraço; integra e coordena o Seminário de Introdução à Teoria Psicanalítica - SIPSI; integra o grupo de pesquisa Hiato: psicanálise, clínica e política; pesquisadora bolsista PIBIC/FAPESB do plano de trabalho "Clínicas Públicas em Psicanálise".

Luan de Sousa Santana, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Graduando em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia.

Alana Silva de Carvalho Bittencourt, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Graduanda em psicologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Integrou a Liga Acadêmica de Redução de Riscos e Danos (LARRD) da UFBA. Atuou na extensão Núcleo de Escuta Singularizada (NES) atuando no Programa Corra Pro Abraço.

Suely Aires, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Psicóloga, psicanalista, doutora em Filosofia da Psicanálise (Unicamp), Professora Adjunta do Instituto de Psicologia da UFBA, líder do grupo de pesquisa Hiato: psicanálise, clínica, política (CNPq).

References

Adamy, P. E., & Silva, R. N. Redução de danos e linhas de cuidado: Ferramentas possíveis para o cuidado em saúde mental, álcool e outras drogas. In S. D. Torossian, S. Torres & D. B. Kveller (Orgs.), Descriminalização do Cuidado: Políticas, Cenários e Experiências em Redução de Danos (pp. 145-158). Rede Multicêntrica.

Aires, S. (2024). Supervisão clínico-institucional e psicanálise: Uma aposta que se faz em ato. In S. Aires e V. Bustamante (Org.), Supervisão, instituições e formação: fundamentos e invenções (pp. 175-190). EDUFBA.

Araújo, E. T., & Saad, L. (2019). Outros caminhos são possíveis: Corra pro abraço: ação pública de redução de riscos e danos para populações vulneráveis. Comunidade Cidadania e Vida.

Braitt, B. G. (2022). O impacto da invisibilidade social na subjetividade em pessoas em situação de rua: Um paralelo ao cenário pandêmico [Trabalho de conclusão de curso, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]. https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/27775

Brasil (2009). Decreto Nº7.053, de 23 de dezembro de 2009. Institui a política nacional para a população em situação de rua e seu comitê intersetorial de acompanhamento e monitoramento e dá outras providências. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d7053.htm

Brasil (2011). Portaria Nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html

Broide, E. E., & Broide, J. (2019). A pesquisa psicanalítica e a criação de dispositivos clínicos para a construção de políticas públicas. Revista Brasileira de Psicanálise, 53(3), 201-215. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2019000300013&lng=pt&tlng=pt

Broide, J. (1992). A psicoterapia psicanalítica na rua realizada através de grupo operativo: A rua enquanto instituição das populações marginalizadas. Psicologia: ciência e profissão, 12(2), 24-33. https://doi.org/10.1590/S1414-98931992000200005 DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-98931992000200005

Broide, J., & Broide, E. E. (2020). A psicanálise em situações sociais críticas: Metodologia clínica e intervenções (3a ed.). Escuta.

Bulla, L. C., Mendes, J. M. R., & Prates, J. C. (2004). As múltiplas formas de exclusão social (Vol. 1). Edipucrs.

Campos, R. T., & Campos, G. D. S. (2006). Co-construção de autonomia: O sujeito em questão. Tratado de saúde coletiva, 1, 669-688. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ens-19487

Carneiro, S. (2011). Pelo direito de ser. In S. Carneiro, Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil (pp. 198). Selo Negro.

Cavallari, C. (2015). A clínica das toxicomanias. In O. F. R. L. Fernandez, M. M. Andrade & A. N. Filho (Orgs.), Drogas e políticas públicas: educação saúde coletiva e direitos humanos (pp. 203-209). EDUFBA.

Cohen, S. C., Bodstein, R., Kligerman, D. C., & Marcondes, W. B. (2007). Habitação saudável e ambientes favoráveis à saúde como estratégia de promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 12(1), 191–198. https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000100022 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000100022

Coimbra, C. M. B. (1995). Guardiães da ordem: Uma viagem pelas práticas psi no Brasil do" Milagre". Oficina do Autor.

Conselho Federal de Psicologia (2005). Código de Ética Profissional do Psicólogo. CFP. https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf

Costa, A. O. (2012). A luta por direitos: Os caminhos para a implementação de políticas de álcool e outras drogas na Bahia. In. A. N. Filho, E. Macrae, L. A. Tavares, M. Rêgo & M. E. Nuñez (Orgs.), As drogas na contemporaneidade: perspectivas clínicas e culturais (pp. 405-426). EDUFBA. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523211608.0025

Costa, E. S., & Silva, B. (2023). Racismo e branquitude no divã da clínica racializada. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 16(esp). https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1679

Costa-Rosa, A. (2000). O modo psicossocial: Um paradigma das práticas substitutivas do modo asilar. In P. Amarante (Org.), Ensaios: subjetividade, saúde mental, sociedade (pp. 141-168). Fiocruz. https://books.scielo.org/id/htjgj/pdf/amarante-9788575413197-09.pdf

Da Silva, B. M., Da Silva, V. N., & Da Silva, A. E. G. (2019). Dificuldades encontradas pelos moradores de rua no acesso à saúde pública. Revista de Iniciação Científica e Extensão, 2(Esp. 2), 280-286. https://www.even3.com.br/anais/iijornadainterligas/388913-dificuldades-encontradas-pelos-moradores-de-rua--no-acesso-a-saude-publica/

Deleuze, G. (1990). ¿Qué es un dispositivo? In VV. AA., Michel Foucault, filósofo, (pp. 155-163). Gedisa.

Dias, T. B. M., Chaves, W. C., & Neto, F. K. (2017). Psicanálise e Assistência Social: O Sujeito entre a Demanda e o Desejo. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 17(1), 238-258. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812017000100014 DOI: https://doi.org/10.12957/epp.2017.34793

Faria, R. M. (2013). A territorialização da Atenção Primária à saúde no Sistema Único de Saúde e a construção de uma perspectiva de adequação dos serviços aos perfis do território urbano. Hygeia – Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, 9(16), 121–130. https://doi.org/10.14393/Hygeia919501 DOI: https://doi.org/10.14393/Hygeia919501

Foucault, M. (2004) O cuidado com a verdade. In M. B. Motta (Ed.), Ética, sexualidade, política (pp. 240-251). Forense Universitária.

Freud, S. (2010). Caminhos da terapia psicanalítica (1919). In S. Freud, História de uma neurose infantil: (“O homem dos lobos”): além do princípio do prazer e outros textos (1917-1920). (pp. 279-292, Paulo César de Souza, trad.). Companhia da Letras. (Trabalho original publicado em 1919).

Jafelice, G. T. (2020). “O que veio primeiro: O sujeito do inconsciente ou o sujeito de direitos?”: Uma aproximação possível da Psicanálise e das Políticas Públicas [Comunicação Oral]. II Simpósio Bienal SBPSP. Fronteiras da Psicanálise: a clínica em movimento, São Paulo. https://doi.org/10.5151/iisbsbpsp-39 DOI: https://doi.org/10.5151/iisbsbpsp-39

Júnior, A. C. R. (2017). O antiproibicionismo de Salvador/BA: Uma análise de suas características, organização, trajetórias e projetos entre 2013 e 2016. [Dissertação de mestrado, Universidade Católica de Salvador]. http://104.156.251.59:8080/jspui/handle/123456730/354.

Katz, I., & Broide, E. E. (2019). Psicanálise nos espaços públicos. IP/USP. http://newpsi.bvs-psi.org.br/eventos/Psicanalise_espacos_publicos.pdf

Lancetti, A. (2006). Clínica peripatética. Hucitec.

Lima, M., Coutinho, D., Bustamante, V., Aires, S., & Patiño, R. (2021). Pensar junto/fazer com: saúde mental na pandemia de covid-19. EDUFBA. DOI: https://doi.org/10.7476/9786556305219

Marino, A. S. (2020). A psicanálise nas políticas sociais públicas. Ágora: Estudos Em Teoria Psicanalítica, 23(2), 2–11. https://doi.org/10.1590/1809-44142020002002 DOI: https://doi.org/10.1590/1809-44142020002002

Mota, C. (2021). Ressonâncias da segregação nas trajetórias de acompanhamento de sujeitos que vivem em contexto de rua: Um dispositivo de cuidado territorial a partir de psicanálise [Dissertação de mestrado, Universidade Federal da Bahia]. https://pospsi.ufba.br/sites/pospsi.ufba.br/files/cecilia_mota.pdf

Oliveira, M. V., Lancellotti, J., Rodrigues, S., & Tamboril, M. I. B. (2013). População de rua e consumo de drogas: Vulnerabilidades associadas. In Conselho Federal de Psicologia (Eds.), Drogas, Direitos Humanos e Laço Social (pp. 84-118). CFP.

Pacheco-Ferreira, F., & Mendes, R. de O. (2022). Quem paga o pathos? Psicanálise e clínica social. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 25(1), 44–51. https://doi.org/10.1590/1809-44142022001006 DOI: https://doi.org/10.1590/1809-44142022001006t

Paiva, I. K. S. D., Lira, C. D. G., Justino, J. M. R., Miranda, M. G. D. O., & Saraiva, A. K. D. M. (2016). Direito à saúde da população em situação de rua: Reflexões sobre a problemática. Ciência & Saúde Coletiva, 21(8), (pp. 2595-2606). https://doi.org/10.1590/1413-81232015218.06892015 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015218.06892015

Passos, E. H., & Souza, T. P. (2011). Redução de danos e saúde pública: construções alternativas à política global de "guerra às drogas". Psicologia e Sociedade, 23(1), (pp. 154-162). https://doi.org/10.1590/S0102-71822011000100017 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-71822011000100017

Pinto, R. (2019). A população em situação de rua e o acesso às políticas sociais: limites, possibilidades e desafios. THEMIS: Revista da Esmec, 17(2), 225-252. https://doi.org/10.56256/themis.v17i2.670 DOI: https://doi.org/10.56256/themis.v17i2.670

Queiroz, V. S., & Araújo, G. D. (2024). Branquitude, racismo e psicologia clínica: Críticas para a construção de uma clínica antirracista. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), 15(43). https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1616.

Rocha, F. C., & Oliveira, P. R. S. (2020). Psicologia na rua: Delineando novas identidades a partir do trabalho com a população em situação de rua. Pesqui. prát. psicossociais, 15(1), 1-18. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-89082020000100006&lng=pt&tlng=pt

Rosa, M. D. (2015). Psicanálise, política e cultura: A clínica em face da dimensão sócio-política do sofrimento. [Tese de livre-docência]. Universidade de São Paulo.

Tosta, K. G. (2022). Emancipação subjetiva no contexto de uso de drogas: da psicanálise à redução de danos. CadernoS de PsicologiaS, 3. https://cadernosdepsicologias.crppr.org.br/emancipacao-subjetiva-no-contexto-de-uso-de-drogas-da-psicanalise-a-reducao-de-danos/

Weinmann, A. D. O. (2006). Dispositivo: Um solo para a subjetivação. Psicologia & Sociedade, 18(3), 16-22. https://doi.org/10.1590/S0102-71822006000300003 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-71822006000300003

Published

2024-12-17

How to Cite

Santos, D. da S. S. dos, Gomes-Silvestre, P., Santana, L. de S., Bittencourt, A. S. de C., & Aires, S. (2024). PSYCHOANALYSIS ON THE STREET: THE CONSTRUCTION OF A CLINICAL DEVICE. PLURAL - Journal of Psychology UNESP Bauru, 4, e024p22. https://doi.org/10.59099/prpub.2024.99