A PSYCHOANALYTIC PERSPECTIVE ON THE NARRATIVES OF WOMEN VICTIMS OF DOMESTIC VIOLENCE
DOI:
https://doi.org/10.59099/prpub.2025.70Keywords:
Psychoanalysis; Domestic Violence; Gender Studies; Feminine MasochismAbstract
This study aims to analyze the narratives of women who have suffered domestic violence from a psychoanalytic perspective, offering a critique of the concept of feminine masochism and exploring potential connections between gender and the social processes that perpetuate violence. This qualitative research involved five semi-structured interviews centered on four main themes: support networks, career, self-image, and romantic relationships. Data analysis focused on recurring or common elements in the participants’ discourse. Key themes identified include the role of paid work, support networks, the idealization of marriage, relationships with primary caregivers, and nuances in the dynamic with the abuser. The findings underscore the importance of integrating gender-sensitive approaches into psychoanalytic care and treatment for female victims of domestic violence.
References
Boni, V., & Quaresma S. J (2005). Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais. Em Tese, 2(1), 68-80. https://periodicos.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/18027
Brasil. Lei nº. 11.340, de 7 de agosto de 2006, (Lei Maria da Penha). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
Cardoso, N. M. (1997a). Psicologia e relações de gênero: a socialização do gênero feminino e suas implicações na violência conjugal em relação às mulheres. In A. V. Zanella, M. J. T. Siqueira, L. A. Lhullier & S. I. Molon (Orgs.), Psicologia e práticas sociais (pp. 280-292). ABRAPSOSUL.
Cardoso, N. M. (1997b). Mulher e maus-tratos. In M. N. Strey (Org.), Mulher: Estudos de gênero (pp. 127- 138), UNISINOS.
Chauí, M. (1985). Participando do debate sobre mulher e violência. In R. Cardoso, M. Chauí, M. C. Paoli & SOS Mulher (Orgs.), Perspectivas antropológicas da mulher (Vol. 4, pp. 23-62). Jorge Zahar.
Coelho Júnior, N. E. (2001). A noção de objeto na psicanálise freudiana. Ágora: Estudos Em Teoria Psicanalítica, 4(2), 37–49. https://doi.org/10.1590/S1516-14982001000200003 DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-14982001000200003
Côrtes, G. R. (2012). Violência doméstica: centro de referência da mulher “Heleieth Saffioti”. Estudos de Sociologia, 17(32), 149-165. https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/4932/4121
Da Fonseca, P. M., & Lucas, T. N. S. (2006). Violência doméstica contra a mulher e suas consequências psicológicas [Trabalho de conclusão de curso, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública]. http://repositorio.laboro.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2235
Devries, K., Watts, C., Yoshihama, M., Kiss, L., Schraiber, L. B., Deyessa, N., Heise, L., Durand, J., Mbwambo, J., Jansen, H., Berhane, Y., Ellsberg, M., Garcia-Moreno, C., & WHO Multi-Country Study Team (2011). Violence against women is strongly associated with suicide attempts: evidence from the WHO multi-country study on women's health and domestic violence against women. Social science & medicine (1982), 73(1), 79–86. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2011.05.006 DOI: https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2011.05.006
Diniz, G. R. S., & Angelim, F. P. (2003). Violência doméstica – por que é tão difícil lidar com ela? Revista de Psicologia da Unesp, 2(1), 20-35.
https://revpsico-unesp.org/index.php/revista/article/view/14
Dunker, C. I. L., Paulon, C., & Milán-Ramos, J. G. (2016). Análise psicanalítica de discurso: perspectivas lacanianas. Estação das Letras e Cores.
Iribarry, I. N. (2003). O que é pesquisa psicanalítica? Ágora: Estudos Em Teoria Psicanalítica, 6(1), 115–138. https://doi.org/10.1590/S1516-14982003000100007 DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-14982003000100007
Federici, S. (2017). Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Elefante.
Fonseca, T. M. G (2008). Psicologia e relações de gênero: o gênero da ciência psicológica. In A. V. Zanella, M. J. T. Siqueira, L. A. Lhullier & S. I. Molon (Orgs.), Psicologia e práticas sociais [online]. (pp. 297-302). Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. https://books.scielo.org/id/886qz
Foucault, M. (1997). História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Graal.
Foucault, M. (1979). Microfísica do poder. Graal.
Freud, S. (1905). Três ensaios sobre as teorias da sexualidade. In S. Freud, Obras completas, volume 6: Três ensaios sobre a sexualidade, análise fragmentaria de uma histeria (“O caso Dora”) e outros textos (pp. 73-120). Companhia das Letras.
Freud, S. (1919). Bate-se em uma criança. In S. Freud História de uma neurose infantil "O homem dos lobos", Além do princípio do prazer e outros textos (pp. 293-327). Companhia das Letras.
Freud, S. (1920). Além do princípio de prazer. L&PM Editores.
Freud, S. (1923). O Eu e o Id. In S. Freud O Eu e o Id, “autobiografia” e outros textos (pp. 13-76). Companhia das Letras.
Freud, S. (1924a). O problema econômico do masoquismo. In S. Freud, O Eu e o Id, “autobiografia” e outros textos (pp. 184-202). Companhia das Letras.
Freud, S. (1924b). A dissolução do Complexo de Édipo. In S. Freud, O Eu e o Id, “autobiografia” e outros textos (pp. 203-2013). Companhia das Letras.
Freud, S. (1933). “A feminilidade”. In S. Freud, O mal-estar na civilização, novas conferências introdutórias à psicanálise e outros textos (pp.263-293). Companhia das Letras.
Gomes, N. P., Diniz, N. M. F., Reis, L. A. dos, & Erdmann, A. L. (2015). Rede social para o enfrentamento da violência conjugal: representações de mulheres que vivenciam o agravo. Texto & Contexto - Enfermagem, 24(2), 316–324. https://doi.org/10.1590/0104-07072015002140012 DOI: https://doi.org/10.1590/0104-07072015002140012
Guimarães, M. C., & Pedroza, R. L. S. (2015). Violência contra a mulher: problematizando definições teóricas, filosóficas e jurídicas. Psicologia & Sociedade, 27(2), 256–266. https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n2p256 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n2p256
Haraway, D. (1995). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7-41.
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773
Hornstein, L. (1989). Introdução à psicanálise. Escuta.
Jones, E. (1994). Feminismo e terapia de família: os casamentos complicados podem dar certo? In R. J. Perelberg & A. C. Miller (Orgs.), Os sexos e o poder nas famílias (pp. 75-93). Imago.
Laplanche, J., & Pontalis J. B., (1967). Vocabulário da psicanálise. Martins Fontes.
Lima, G. Q. de, & Werlang, B. S. G. (2011). Mulheres que sofrem violência doméstica: contribuições da psicanálise. Psicologia Em Estudo, 16(4), 511–520. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722011000400002
https://www.scielo.br/j/pe/a/GShYc5SHq9SVcrwbyXxbSbT/?lang=pt
Martins, A. S. (2019). O poder e o corpo por trás do texto: metodologia na psicanálise política. Clínica & Cultura, 8(1), 51-63.
https://periodicos.ufs.br/clinicaecultura/article/view/15071
Martins, A. S.; Santiago, L. M. (2020). A origem do destino criado para as mulheres pela psicanálise: por uma leitura reparadora através atas da Sociedade das Quartas-feiras. In A. A. Martins & L. Silveira (Orgs.), Freud e o Patriarcado (pp. 83-111). Hedra.
Miranda, C., & Ramos, J. (2014). “Uma mulher espancada”: a violência doméstica contra mulher à luz da psicanálise. Revista ECOS, 4(1), 35-49.
http://periodicoshumanas.uff.br/ecos/article/view/1297
Moreira, L. S. (2014). O mito do masoquismo feminino. In A. A. Martins (Org.), Limiares: desafios contemporâneos da psicanálise (pp. 75-92). Blucher.
Narvaz, M. G., & Koller, S. H. (2004). Famílias, gêneros e violências: Desvelando as tramas da transmissão transgeracional da violência de gênero. In M. N. Strey, M. P. R. Azambuja & F. P. Jaeger (Orgs.), Violência, gênero e políticas públicas (Vol. 2, pp. 149-176). EDIPUCRS.
Narvaz, M. G. (2010). Masoquismo feminino e violência doméstica: reflexões para a clínica e para o ensino de Psicologia. Psicologia Ensino & Formação, 1(2), 47-59.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S2177-20612010000200005&script=sci_arttext
Pateman, C. (1993). O contrato sexual. Paz e Terra.
Rocha, R. Z., Galeli, P. R. & Antoni, C. (2019). Rede de apoio social e afetiva de mulheres que vivenciaram violência conjugal. Contextos Clínic, 12(1), 124-152. DOI: https://doi.org/10.4013/ctc.2019.121.06
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1983-34822019000100007&script=sci_arttext
Rosa, M. D. (2004). A pesquisa psicanalítica dos fenômenos sociais e políticos: metodologia e fundamentação teórica. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 4(2), 329-348.
https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1509
Rosa, M. D., & Domingues, E. (2010). O método na pesquisa psicanalítica de fenômenos sociais e políticos: a utilização da entrevista e da observação. Psicologia & Sociedade, 22(1), 180–188. https://doi.org/10.1590/S0102-71822010000100021 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-71822010000100021
Rosa, M. D. (2022). Sofrimento Sociopolítico, Silenciamento e a Clínica Psicanalítica. Psicologia: Ciência e Profissão, 42, e242179. https://doi.org/10.1590/1982-3703003242179 DOI: https://doi.org/10.1590/1982-3703003242179
Rose, J (2020). Introdução II a Feminine sexuality. In A. A. Martins, & L. Silveira. Freud e o Patriarcado (pp. 265-302). Hedra.
Saffioti, H. I. B. (1999). Já se mete a colher em briga de marido e mulher. São Paulo Em Perspectiva, 13(4), 82–91. https://doi.org/10.1590/S0102-88391999000400009 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-88391999000400009
Saffioti, H. I. B. (2001). Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. Cadernos Pagu, (16), 115–136. https://doi.org/10.1590/S0104-83332001000100007 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-83332001000100007
Saffioti, H. I. B. (2004). Gênero, patriarcado, violência. Bahia-BA, Ministério Público do Estado da Bahia. https://dspace.sistemas.mpba.mp.br/handle/123456789/754
Santos, A., Martins, A. S., Barbosa, B. C. S., Lucas, C. C. O., Silva Filho, E. A., Souza, P. S., & Pereira, T. L. D. (2021). A objetalização da categoria mulher nas construções psicanalíticas: um tipo de violência de gênero. In L. Danziato, L. C. TeIxeira & J. Gaspard (Orgs). Violência de gênero e ódio ao feminino (pp.153-172). CRV.
Silveira, L. (2024). Por que “masoquismo feminino”? In A. A. Martins (Org.) Limiares: desafios contemporâneos da psicanálise (pp. 75-92). Blucher.
Scott, J., (1986). Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. In H. B. Hollanda (Org.) Em Pensamento feminista: conceitos fundamentais. (pp. 49-82). Bazar do Tempo.
Venturini, G., & Godinho, T. (Orgs.). (2013). Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado: uma década de mudanças na opinião pública. Fundação Perseu Abramo/Sesc. https://fpabramo.org.br/publicacoes/wp-content/uploads/sites/5/2017/05/pesquisaintegra_0.pdf
Zanello, V. (2020). Saúde mental, gênero e dispositivos: cultura e processos de subjetivação. Appris.

Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Mayara de Sousa Andrade, Aline Souza Martins

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors agree to the following terms of PLURAL - Revista de Psicologia UNESP Bauru:
Articles submitted must be original and will be published for the first time by Revista Plural, but authors will retain copyright. The work will be simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution CC-By 4.0 International License to allow the work to be shared with acknowledgement of authorship and first publication by this journal.
Authors are allowed to enter into additional contracts separately, for example, to publish in an institutional repository or as a book chapter, as long as both the acknowledgement of authorship and initial publication in this journal are detailed and recorded.
Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online in institutional repositories (preprints) or on their personal website.