Enfrentando as raízes da branquitude
a experiência de enegrecimento da Casa da Árvore
DOI:
https://doi.org/10.59099/prpub.2024.88Palavras-chave:
Psicanálise clínica, Racismo, Branquitude, Psicologia com crianças e famíliasResumo
Este artigo objetiva analisar e refletir a importância dos estudos sobre as relações raciais e a urgência da discussão sobre a paridade racial dentro das instituições. Foi utilizado o relato de experiência profissional dentro da ONG Casa da Árvore, uma clínica de psicanálise ampliada que atua desde 2001 no Rio de Janeiro no cuidado com crianças e famílias periféricas. Os resultados desse trabalho apontam para impactos importantes observados no trabalho clínico com as crianças, além de uma ampliação do olhar para o trabalho dentro da equipe. Ao produzir esse relato, buscamos fornecer subsídios para que outras instituições possam refletir sobre o perfil de seus profissionais e elaborar estratégias que visem o enegrecimento das equipes considerando aspectos essenciais no processo como a análise da manutenção de privilégios nas políticas de acesso e as orientações teóricas do grupo.
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