Políticas do autismo

uma trama complexa de disputas, políticas públicas e práticas discursivas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59099/prpub.2024.54

Palavras-chave:

Autismo, Políticas públicas, Infância, Psicanálise

Resumo

Trata-se da resenha do livro Políticas do autismo: Efeitos sobre o lugar da criança no imaginário social. Sua autora, Leticia Vier Machado, mostra que há um excesso de circulação discursiva do significante “autismo” no campo social. Destaca que as práticas discursivas que configuram o campo do autismo carregam ideais de infância e moldam os contornos de uma criança ideal, presente no imaginário social. Aponta que a bandeira de luta política do autismo está marcada por proposições que se materializam no plano das políticas públicas indicando desse modo o lugar fabricado e reservado hoje às crianças. O livro nos convida a tomar certa “distância” dessa pulverização discursiva em torno do diagnóstico do autismo que se sobrepõe à criança, para assim compreendermos que a dominância do modo como a sociedade se relaciona com o autismo e os autistas amplifica a maneira como idealizamos e criamos as crianças.

Biografia do Autor

Isael de Jesus Sena, Universidade Católica do Salvador

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Salvador (2006), é especialista em Psicologia Clínica e em Psicologia Social pelo Conselho Federal de Psicologia (2014), mestre em Psicologia Social pela Universidade Federal da Bahia (2015) e doutor em Ciências da Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2020) e pela École Doctorale Pratiques et Théories Du Sens da Université Paris 8 Vincennes-Saint-Denis, em regime de cotutela.  Pós-doutor pela Paris 8 (2022). Pesquisador da RUEPSY. Sócio da APOLa. Membro do CIRCEFT/Paris 8, ABRAPSO e do GT de Psicanálise e Educação/ANPEPP. Professor do curso de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Família na Sociedade Contemporânea da Universidade Católica do Salvador (UCSAL).

Referências

Chamak, B. (2021). Controverses sur l’autisme: Décrypter pour dépasser les antagonismes. Érès. DOI: https://doi.org/10.3917/eres.chama.2021.01

Laurent, E. (2012). La bataille de l’autisme: De la clinique à la politique. Navarin Le Champ Freudien.

Lacan, J. (1992). O seminário – livro 17: O avesso da psicanálise. Zahar.

Lacan, J. (1964-65). Problemas crucias para a Psicanálise. Centro de Estudos Freudiano de Recife.

Lajonquière, L. de (2022). Posfácio. In L. V. Machado, Políticas do autismo: Efeitos sobre o lugar da criança no imaginário social (pp. 203-206). Benjamin.

Lajonquière, L. de (2022). Figuras do infantil: a psicanálise na vida cotidiana com as crianças. Vozes.

Machado, L. V. (2022). Políticas do autismo: Efeitos sobre o lugar da criança no imaginário social. Benjamin. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i2p411-412

Downloads

Publicado

02-10-2024

Como Citar

de Jesus Sena, I. (2024). Políticas do autismo: uma trama complexa de disputas, políticas públicas e práticas discursivas. PLURAL - Revista De Psicologia UNESP Bauru, 3, e02400r. https://doi.org/10.59099/prpub.2024.54

Edição

v. 3 (2024): Dossiê Temático: Álcool e Substâncias Psicoativas, Políticas Públicas e Direitos Humanos

Seção

Resenhas

Licença

Copyright (c) 2024 Isael de Jesus Sena

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Os autores concordam com os seguintes termos da PLURAL – Revista de Psicologia UNESP Bauru:

Os artigos enviados devem ser originais e serão publicados pela primeira vez pela Revista Plural, mas os autores manterão os direitos autorais. O trabalho será simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution CC-By 4.0 Internacional para permitir o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e primeira publicação por essa revista.

Existe autorização para os autores assumirem contratos adicionais separadamente, exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, contanto que esteja discriminado e registrado tanto o reconhecimento de autoria como o de publicação inicial nessa revista.

Existe a permissão e o estímulo para os autores publicarem e distribuírem seu trabalho online em repositórios institucionais (pré-prints) ou na sua página pessoal.